sábado, outubro 27, 2012

Filósofo de Botequim

O trabalho findou na Pauliceia Desvairada
E os homens divertem-se jogando conversa fora
Um aperitivo, bebidas e muitas risadas

Os faróis já apagados,carros com o vidro fechado
Eis que surge sempre um entendido e filósofo
Que esfarela as desgraças e reflete as alegrias

Tudo que se passa, marca e fica
Cada um com o seu corre, sua vida
Ele sempre vem rimando a alegria

Chega versando as coisas do cotidiano
Tempo ruim não tá nos planos...
Emoções à flor da pele, pensamentos tantos

A garrafa está sobre a mesa, está trincando
A vista embaça e sempre vai versando
A virou o Platão do botequim

 Acostumou-se à rotina, e quanto a mesmice?
Não, obrigado.




terça-feira, outubro 09, 2012

Esses Lençóis

Ah, muitas coisas passam pela minha cabeça agora
Se você soubesse ia querer descobrir, sentir
Todas as coisas que eu quero, os seus abraços

Tanta vontade quente, imaginação constante
Que os ponteiros do relógio não cobrem
Velas à meia-luz, um beijo, lençol e vinho
Depois de todos os minutos, nem segundos sobram

É uma história, proibida, esquisita, bem vivida
Sempre tudo igual na vida cansa
A cama chama desarrumadamente
Tão simples, imagino você comigo


sexta-feira, outubro 05, 2012

Do Avesso, um Começo

Nem o Sol queria brilhar e tudo complicou-se
O relógio não tinha ponteiro, nada se podia saber
Mas que coisa chata, nada estava certo
O trabalho estava longe e a conta no vermelho

E o seu olhar dissolvia no azul do céu
Borrando as nuvens e carimbando o asfalto
Na esperança das gotas secarem e as flores nascerem
Pois se foi o pranto, a alegria iluminou os cantos

E todos os erros se tornaram acertos
De um futuro incerto, pensava ser o fim da linha
Do concreto suga a força e reflete o calor do dia

Mas todo o dia sonha, sonha menina
Sonha, sonha, sonha mocinha linda
Porque um dia vai embora tua meninice

E será grande, decidida e mais linda
Mas vai ver que as paredes da vida são cinzas
E o amor vem riscado em vermelho com dores
De uma vida sincera pra ser vivida


quarta-feira, outubro 03, 2012

A Viajante

Eu acordo e vejo o reflexo no espelho
Me vejo com todos os sentimentos
Me vejo com todos os alegres
E com todos os meus amigos

Queria que todos andassem comigo

Me vejo sem fronteiras e um passaporte
Me vejo cheia de desejos e sonhos
Pronta para enfrentar meu destino