quinta-feira, janeiro 08, 2015

Ácido (Quando não tem mais amor)

Eu te dei emoções explosivas, te dei um amor que não via fim
Pelo vidro essas coisas se manteriam distantes do coração infeliz
Mas nem todas as flores enfeitariam toda dor do rejeitado amor


Na madrugada eu ouvia as vozes com suas risadas e ao fundo zombaria
Tudo parecia estranho, a ilusão já não via tamanho enquanto os dias iam passando
Num teatro sem cores, nem sabores aonde as flores brotavam pretas e pratas


Quando acabavam as baterias dos relógios, o tempo era contado nos dedos
Quando a terra secava as lágrimas faziam transbordar um oceano ácido
Ou quando a raiva era inevitável, a distância se encarregava de amenizar


O amor não tem passaporte pra eternidade, nem pra loucura sem fim
Mas toda dor deixa a saudade no rastro de um dia que lutou para ser feliz
Enquanto a Lua crescente insiste, se esconde num eclipse e tenta existir