segunda-feira, dezembro 28, 2015

Quando o Sol Se For

Quando o Sol se for segure minha mão
Quando o Sol se for tire sua foto mais alegre
Ou cante aquela música que só nós sabemos


Quando as nuvens prateadas dançarem vou te desenhar
Quando a memória esquecer pra sempre te lembrarei
Quando tudo esfarelar, que as gotas de amor umedeçam esse coração tão só


Se eu perder a razão que o tempo juvenil nunca termine, como o doce da festa
Mas já nem sei mais o que faço porque o relógio corre mais que minhas ideias
Então grave no teu peito, esse resquício de amor que essa dor ainda não levou





quarta-feira, dezembro 16, 2015

Em Teu Sorriso

Quando eu vi que caía a noite, todas as estrelas correram
Eu estava tão perdida na ventania com as emoções bagunçadas
Mas, quando vi teu sorriso fraterno e seu coração puro, desfaleci


A força que eu vi falir de repente encheu-se de um novo ânimo
E toda a vontade de prosseguir para o Alvo ressurgiu como a manhã
Gravando em mim a amizade juvenil e na minha mente sua alegria sem fim


Quisera eu que essa brisa dure para sempre, como toda a amizade que você me dá


domingo, outubro 11, 2015

Florada

Já tarde da noite e o luar queima
A saudade do verão chega quando as folhas caem
Suas pegadas no asfalto me lembram que devo correr


As pedaladas são envolvidas pela brisa suave e seu calor
Pessoas viajam nas paisagens floridas e coloridas
As frutas marcam o sabor de um novo tempo


Um limão, a maça, a salada de alface saciam a imaginação
O buquê sobre a mesa com fitas vermelhas enfeitam a casa
A grama verde e o banho de mangueira são retratos da querida infância


Os raios de Sol que ultrapassam a janela, as flores amarelinhas nos presenteiam com a Primavera

domingo, outubro 04, 2015

Memórias da Carne

Nem dez mil cacos pra reconstituir uma vida
Eu já caminhei sobre a Lua esburacada
Bebi da copo do vento as memórias


Deixei me embriagar pelas tentativas demasiadas
Já cega eu corri sem ver o fim da linha da rua
Mas as cores confundem pensamentos turvos


Paisagens antigas, camisas amareladas relembram tudo
Agulhas para lã tecem esperanças amaciadas pelo toque
Meus tênis velhos passaram a vida chutando as tristezas pro abismo


Sinto ainda o gosto da carne que é frita na brasa viva da vida
Mas nada chega ao ponto certo porque a dor é sempre um teste
Porque sempre que se varre as folhas, esperamos o próximo relógio

quinta-feira, agosto 13, 2015

Sal da Maré

Eu vi a água se debatendo agitadamente
As ondas eram mais gritantes que uma palavra
Seu coração está todo rachado pelo sal do mar

Deixa todo o sal sair e entrar o Amor, o amor
Esqueça as coisinhas e viva com tudo o intensamente
Vai fluindo no céu azul que nem águia lá nas nuvens

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Ácido (Quando não tem mais amor)

Eu te dei emoções explosivas, te dei um amor que não via fim
Pelo vidro essas coisas se manteriam distantes do coração infeliz
Mas nem todas as flores enfeitariam toda dor do rejeitado amor


Na madrugada eu ouvia as vozes com suas risadas e ao fundo zombaria
Tudo parecia estranho, a ilusão já não via tamanho enquanto os dias iam passando
Num teatro sem cores, nem sabores aonde as flores brotavam pretas e pratas


Quando acabavam as baterias dos relógios, o tempo era contado nos dedos
Quando a terra secava as lágrimas faziam transbordar um oceano ácido
Ou quando a raiva era inevitável, a distância se encarregava de amenizar


O amor não tem passaporte pra eternidade, nem pra loucura sem fim
Mas toda dor deixa a saudade no rastro de um dia que lutou para ser feliz
Enquanto a Lua crescente insiste, se esconde num eclipse e tenta existir