terça-feira, fevereiro 26, 2013

Dois Tantos de Coisas: Visões de São Mármaro - VIII( Para Marina Stela )

Dois Tantos de Coisas: Visões de São Mármaro - VIII( Para Marina Stela )

http://poemapocket.blogspot.com.br/2013/02/visoes-de-sao-marmaro-viii-para-marina.html

Visões de São Mármaro - VIII ( Para Marina Stela )

 

Muito depois do jongo - Infância do mundo
se viu o tigre , Cristo , toré de Síntese nos lábios - Homens
brotando pela campina junto daquela manhã
depois das bombas de agosto , onde as crianças e os peixes
corriam pra morte em rés de fogo e nudez_____

um coro de anjos no espaço
gritando braços - Trovões junto dos urubus ,
as cores Ontem quando Pandora abriu cem caixas
no centro mesmo de Pripyat , pangéias jardas enormes
em precipícios cantados antes por Conselheiro o profeta

que viu na serra do mar o sangue dos mártires da CSN
gritando fogo e vingança , na dança última
dos calendários redondos como os sorrisos em Tânger
nos primeiros Sóis ....


E foi então que o mundo terminou de subir
levando isaques e mais a lenha para os ofícios
do Cáucaso , homens - Pedra
num mal disfarce de carne , justo no instante da morte
rente dos corpos e já Senhora dos corações que ,
entre ruínas e areias , entre urutus e gravetos ,
entre mandingas e cobras , onde candongas marchavam
cantando a Breca do mundo


surgiu o tigre , também menino e divino
chamado o Cristo das gentes , desfez-se o ebó Catingudo ,
todo o mar é Manhã de mais erês e Furdunços
pra quem tem olhos e Enxerga , quem tem ouvidos
e Escuta , como ele Cícero o padre
dizia ao povo desde os longes do Crato.
 
 
Adiron Marcos, poeta.
Mais de seus poemas em:www.doistantosdecoisas.blogspot.com.br
 
Eu fui presenteada com este poema, que foi escrito por um querido poeta, carioca, cristão e gente boa. E como presentes não são para ficarem guardados, compartilho.

domingo, fevereiro 17, 2013

Azul Turquesa

A noite turquesa revela as belezas escondidas
Enquanto as pessoas de muitas faces passam
Deixando ilusões marcadas no asfalto

Os times, as torcidas, os faróis, o aperitivo e os celulares
É tudo argumento pra esconder a lágrima e mostrar o riso
Reanimando o coração desbotado e vazio

Como num jogo de buraco na mesa do bar
Suas vidas afundam rolando precipício abaixo
Porque quiseram ver-se na beleza do diamante

Descobriram que nem tudo que brilha é diamante
E o ouro não tem valor para os que sempre são vazios
Mas acharam na beleza da vida remida
A luz da Eternidade que brilha