domingo, junho 29, 2014

A Tatuagem

Pelas calçadas um coração solitário sai buscando atenção
Pelas horas sem fim espera a dor findar ao Sol da manhã
Mas quem compreende as palavras de um amor em brasa?


Na madrugada quando todos dormem os pensamentos voam longe
Eu me afasto de mim e de ti me aproximo com um beijo leve
Porque os seus abraços e perfumes ainda estão em mim. Nunca saíram


O amor é como tatuagem que, com o tempo fica mais profunda e não se apaga
A chuva apaga suas marcas ruins mas jamais evapora a sua essência
É como as nuvens do céu azul, todos sempre podem ver da forma que quiserem


Ainda que passem os Céus, a Terra, as Estações e os relógios o Amor sempre existirá



domingo, março 30, 2014

O Quadro Falso

No Ipiranga, jardins que remetem a Versalhes
Uma realeza que nem nossa era
O tempo parou em frente ao museu
Um quadro póstumo selou um fato
E na praça de grama verde, a casa do Grito
Aquilo foi um último suspiro?


sábado, março 15, 2014

Poema do Amor Sem Fim

Quando estavas lá existia o tempo marcado da solidão
Os relógios quebraram e toda a ausência dissolveu
Mas esperar parece algo sem fim que te afasta de mim


Mas eu ainda espero a sua volta como um cão sentado na porta
Desejo me jogar em seus braços pra ouvir nossa música no rádio
Sentar no teu colo e desfalecer de tanto amor, sem nenhuma dor


As minhas fotos na sua escrivaninha à espera da nossa nova vida
Enquanto os seus sapatos no meu quarto, anseiam o retorno do seu abraço
Nesses beijos tão longos quanto a Eternidade me perco, me entrego

sábado, janeiro 18, 2014

Além das Paredes

Já era fim da tarde e o céu nublava
Enquanto os ponteiros cambaleavam, eu imaginava coisas
Mente tão fértil quanto as frutas na plantação


Como poderia controlar meus pensamentos infindáveis
Ou ainda estacionar em ideias fúteis, tão sem valor?
Nem a alta filosofia seria suficiente para conter-me


Talvez se falasse com as paredes teria mais sucesso
Mas acho que vou escrever nas nuvens vagarosamente
Quem sabe um dia, eu encontre algo que me reconte


Porque lápis e papéis não bastam
As palavras e sentimentos nunca param
E a vontade de ver o horizonte é sem fim